Fotografia
e pintura moderna
Em 1835 um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês
chamado Louis Daguerre criou o daguerreótipo, ou a primeira
máquina fotográfica. Essa invenção foi aperfeiçoada por vários homens,
descobertas científicas e contextos de vanguarda que viriam a modificar a forma
como se produzia e interpretava imagens.
A fotografia era um tipo de retrato mais fiel
e rápido, a qual fez com que os antigos retratistas, os pintores, tivessem motivo
para desenvolver novas formas de expressão, pois a simples cópia da realidade
podia já ser feita por um equipamento mecânico. Em 1861, em uma aula sobre a teoria
da cor na Universidade King's
College de Londres, o físico escocês James Clerk Maxwell (1831–1879) apresentou a primeira fotografia colorida da História. Os pintores tinham que reagir imediatamente.
As tintas industriais, o cotidiano urbano e os avanços na ciência ótica, além da quantidade crescente de pessoas que compravam arte e liberavam os autores do mecenato estatal (governo e Igreja), permitiam que os artistas pintassem fora de seus ateliês e observassem, de forma empírica, como a luminosidade interferia nas cores. Partindo daí houve infindáveis experiências pictóricas e conceituais, a Arte mudaria drasticamente.
As tintas industriais, o cotidiano urbano e os avanços na ciência ótica, além da quantidade crescente de pessoas que compravam arte e liberavam os autores do mecenato estatal (governo e Igreja), permitiam que os artistas pintassem fora de seus ateliês e observassem, de forma empírica, como a luminosidade interferia nas cores. Partindo daí houve infindáveis experiências pictóricas e conceituais, a Arte mudaria drasticamente.
Um artista chamado
Gustave Courbet (1819-1877), pintor realista e socialista francês, substituiu o romantismo academicista e lírico por uma
representação fruto de observação direta. Sua obra mais representativa deve ser
o quadro A Origem do Mundo (1866),
obra rejeitada e pouco compreendida em seu tempo, um grito à liberdade e ao conceitualismo
na Arte. Talvez a pintura não retrate a origem do mundo propriamente dita,
porém, todos os que compõem o mundo tiveram origem em “local” semelhante.
Claude Monet (1840-1926), pintor impressionista francês, registrou
a experiência luminosa utilizando como tema a catedral de Rouen,
em horas e estações do ano diferentes, provando que a cor diz respeito à reflexão dos raios luminosos e não ao pigmento efetivo contido na substância
vista.
Os cubistas e
construtivistas, por exemplo, pretenderam transformar a pintura em um objeto
tridimensional. Esses artistas esperavam criar desenhos a partir de figuras
geométricas, de forma que o observador pudesse construí-los com seu próprio
olhar, observá-los e descobrir novos ângulos como se a obra fosse uma escultura.
Menina com bandolim (1910), Pablo Picasso
No
entanto, a proposta estética mais radical do Modernismo coube à pintura abstrata,
onde os artistas negavam completamente a figuração argumentando que a obra
surgia de sua própria subjetividade, sem que eles precisassem ter como tema
algo que estivesse exterior a eles mesmos. Radical? Com certeza. Bonito? Nem sempre,
mas o conceito é ótimo.
Jackson Pollock , Action Painting (1949),
nº 8.
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